1 comentários sábado, março 31, 2007

Cerca de 4 meses volvidos desde que nos resolveste abandonar... é com saudades que te recordo, amigo.

2 comentários quinta-feira, março 22, 2007

Dedico estas duas fotos a todos os meus (novos) amigos que fiz em Loriga. Por vezes, todos nós sentimos a necessidade de conversar e é com eles que reparto um pouco da minha vida. A todos eles, um grande bem-haja!

Ambas as fotos foram tiradas hoje, 11:32 e 13:08 respectivamente. A primeira, acho que conhecem bem o local... a segunda já é em pleno concelho de Abrantes (zona sul) a caminho de Alvega, onde também lecciono. Só queria que sentissem o cheiro desta plantação de tremoço bravo... hum!

1 comentários segunda-feira, março 19, 2007

Obrigado por existirem e serem como são…
Um beijo grande do papá.

7 comentários sábado, março 17, 2007

São estes dois “marretas” que me têm infernizado a vida...

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Para quem gosta de desenho vectorial fica aqui um URL bastante interessante.
Agradeço ao blog Grau-zero o URL.

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Como professor não podia deixar de transcrever na íntegra este texto retirado da Revista Visão de 8 de Março de 2007.

“Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contra-gosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida. É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores. Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares. O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo sabedoria, tê-la-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.

A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento. O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas. Ser professor, hoje não é uma vocação; é uma perversão. Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.

Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano. Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.

Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança. Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo”.

3 comentários sexta-feira, março 16, 2007

Por vezes enquanto caminhamos pela Serra, encontramos pequenas flores como esta, da qual não conheço o nome (talvez o amigo Pedro “cascalheira” conheça). Sabe bem ter algum tempo livre e reparti-lo com alguém…
A foto seguinte foi tirada no Covão da Ametade, nota-se...

Bom fim de semana.

1 comentários quinta-feira, março 08, 2007

Já fui contra o nuclear, mas hoje sou favorável à construção de uma central nuclear, como forma de obtermos energia barata sem as consequentes emissões de gases para a atmosfera e sem poluirmos visualmente todo o nosso país.

Não sou contra nenhuma forma de energia dita alternativa, que fique bem claro. Independentemente da fonte de energia, Portugal é importador - mais um item que, em meu entender, favorece a localização de uma central nuclear no nosso país.

Actualmente tenho visto as nossas serras, dia após dia serem cravejadas de geradores eólicos, com a consequente poluição visual que causam (as pessoas esquecem-se da poluição visual). Já não bastavam as antenas das redes móveis, tinha agora que aparecer a moda das “ventoinhas”. Porque não instalar uma grande quantidade delas numa só zona? Assim só se poluía visualmente esse local. Recordo-me do enorme parque eólico no planalto que se segue a Madrid, a caminho de Zaragoza. Cá no burgo, como não temos planaltos de tamanha envergadura, temos que poluir visualmente todas as nossas serras e mesmo pequenas elevações, algumas com apenas um gerador, como que a querer mostrar “estou aqui”. Um exemplo concreto desta poluição visual é a zona das Pedras Lavradas na Serra da Estrela, (em pleno Parque Natural) que está a ver nascer um parque eólico com alguma dimensão. Fica lindo, fica!

Alternativas renováveis ao nuclear (plausíveis). A primeira prende-se com o aproveitamento da energia das ondas e recordo-vos que temos uma costa atlântica enorme, onde por certo condições e locais favoráveis não faltam; a segunda está em curso e estou a falar do enorme parque fotovoltaico no Alentejo; a terceira está espalhada por todo o país e é o que se vê (ventoinhas e mais ventoinhas…)
De volta ao nuclear, que problemas se colocam?

1) a energia nuclear é segura? o conceito de ‘segurança’ tratando-se de centrais de fissão, é sempre muito relativo… ainda guardamos em memoria a tragédia de Chernobyl.

2) onde se guardam os resíduos? A falha atlântica é apetecível, é funda, esquece-se o que para lá se atira…;

3) local de instalação: longe da falha sísmica que atravessa o oeste até ao Algarve. O Eng. Monteiro de Barros não quis revelar o local exacto na sua proposta;

Desde Chernobyl, os avanços tecnológicos foram tantos que a segurança das centrais de fissão são hoje muito maiores e as centrais de fusão estão no horizonte. Talvez seja tempo de reabrir o debate.
Já agora, porque não questionar o valor das energias eólicas que o Governo está a apoiar, qual o seu custo de entrada na rede da REN, ou o que tem sucedido com as mini-hídricas, e o que as autarquias (não) têm feito com elas? Já agora, e apenas para vos recordar, os nossos vizinhos têm uma central nuclear a apenas 100km do nosso país, Almaraz.
Vamos às questões, deixemo-nos de alinhar em modas só porque na altura parecem bem…

0 comentários sábado, março 03, 2007

Foto: http://www.rtribatejo.org/galeria/gr/abrantes.jpg

Deixo-vos com a lenda de Abrantes.

ABRANTES é uma antiquíssima cidade. Segundo alguns autores, terá sido fundada pelos Túrdulos 990 anos antes de Cristo, segundo outros foi fundada por galo-celtas em 308 a. C. Foi senhoreada por Romanos, Visigodos, Árabes e, por fim, em 8 de Dezembro de 1148, conquistou-a D. Afonso Henriques. Diz-se que os Romanos lhe chamavam Tubucci, os Visigodos Aurantes e os Árabes Líbia. Segundo a lenda, o nome de Abrantes data, mais ou menos, da época da conquista da fortaleza por D. Afonso Henriques, estando ligado a acontecimentos imediatamente posteriores.

Consta que era alcaide do castelo um velho mouro chamado Abraham Zaid. Abraham tinha uma filha a que chamara Zara e um filho bastardo, de uma cativa cristã, a que pusera o nome de Samuel. Ninguém sabia, porém, que Samuel era filho do velho alcaide, nem o próprio rapaz. Assim, viviam os dois jovens apaixonados e o velho sentindo crescer em si, dia a dia, uma angústia terrível, antevendo a hora em que seria obrigado a revelar o seu segredo.

Um dia, diz a História, os cristãos foram pôr cerco ao castelo. A hoste era comandada pelo aguerrido Afonso Henriques, que trazia consigo vários cavaleiros e monges. Do Mosteiro do Lorvão trouxera o Rei um velho e sábio monge beneditino para o aconselhar os assuntos espirituais. De algures, de um local qualquer do reino, trouxera um cavaleiro cheio de ideais e de força guerreira, chamado Machado.

Ferida a batalha e conquistado o castelo, Samuel foi aprisionado por Machado. Na confusão do saque da debandada moura, o cavaleiro, que acabara de desarmar Samuel, viu um peão perseguindo Zara com intuitos evidentes de violação, e, entregando o prisioneiro a dois vigias, correu em auxílio da moura. Com um forte empurrão derrubou o soldado, que estava ébrio, e amparando Zara foi entregá-la à custódia do velho beneditino, até que se acalmassem os ânimos exaltados pelo sangue, pelo saque e pelo vinho.

Quando o cavaleiro Machado retomou o seu posto, ia como que alheado. Ficara fascinado pela beleza da moura, estranhamente parecida com uma imagem de Nossa Senhora dos Aflitos que sua mãe lhe dera ao morrer e que ele, devotamente, trazia sempre consigo. Por outro lado, impressionara-o a repentina recordação de um sonho que vinha tendo frequentemente e no qual, ao escalar os muros de um castelo, se via salvando uma donzela com que se casaria. Tudo isto contribuía para o alheamento do jovem cavaleiro, que, se não fossem as suas obrigações de guerreiro, decerto se teria quedado em enternecida contemplação da bela Zara.

Entretanto, D. Afonso Henriques, querendo remunerar os serviços prestados naquela batalha pelo seu bastardo D. Pedro Afonso, deu-lhe o senhorio do castelo e nomeou-o seu alcaide-mor. Pedro Afonso, porém, desejava partir com o pai para Torres Novas e, por isso, decidiu delegar a alcaidaria no cavaleiro Machado.

O Rei, antes de partir, mandou que o monge ficasse no castelo como guardião das almas, ordenou-lhe que entregasse a prisioneira a Abraham e tomou todas as medidas necessárias à segurança da vila.

Assim que a hoste se desvaneceu ao longe, na poeira, o cavaleiro Machado, feliz por ficar como alcaide do castelo, apaixonado por Zara, preparou-se para conquistar o seu coração utilizando os meios permitidos pelo código de honra da cavalaria, ou seja, os modos corteses e suaves. Mas Zara, que adorava Samuel, sentia uma espécie de rejeição cada vez que o cavaleiro se aproximava de si. E, para não fazer qualquer gesto mais brusco que comprometesse a boa paz em que viviam, pedia conselhos ao pai e ao velho monge. O frade, como confessor do cavaleiro, bem sabia o amor que ele tinha pela donzela, e, como bom observador, compreendia que nas evasivas de Abraham existia qualquer coisa de estranho. Por isto, procurava conciliar toda a gente e assegurava a Zara a honradez e nobreza de sentimentos do jovem alcaide.

Samuel, porém, não conseguia viver em paz. Os ciúmes irrompiam nele à mínima alusão, ao mínimo gesto, sem que conseguisse controlar-se. E, na sua insegurança, tão depressa acatava as palavras conciliatórias de Abraham e do monge, como ficava possuído pelo demónio da Loucura, que o obrigava a cometer insânias.

Zara acreditava que Samuel estava compenetrado do seu amor e da sua fidelidade e pensava, por isso, que as acções destrambelhadas do rapaz provinham da mudança de situação para vencido de guerra. Assim, certa tarde em que tentava reconciliá-lo com o alcaide, perguntou ao pai como deveria proceder se o cavaleiro viesse procurá-la e ele não estivesse em casa: deveria manter a porta fechada como se não estivesse ninguém, ou recebê-lo-ia?

Abraham, julgando ver nesta pergunta um novo intuito de ofensa ao alcaide do castelo, para evitar mais problemas, respondeu:
-Nada temo nem receio da tua virtude, minha filha. E confio também na honradez do alcaide. Abre antes a porta!

Samuel, porém, ao ouvir estas palavras perdeu o domínio de si e correu para a rua, gritando como louco:
- Abre antes! Abre antes!

A vizinhança acorreu, uns aos postigos, outros às vielas, a saber o que aquilo era, e Samuel, enlouquecido de ciúmes, contava a história à sua maneira, deixando agravados o alcaide, Zara, Abraham e o próprio monge.

Conta a lenda, ainda, que Samuel acabou por cair de cansaço e de febre. Uma vez bom de saúde, Abraham juntou os e contou-lhes a verdade sobre o nascimento do rapaz. Assim ficaram a saber que eram irmãos e que a mãe de Samuel fora uma bela cativa cristã que certo dia chegara a Tubuccí chorando um noivo que deixara na sua terra, chamado João Gonçalves.

Rolaram lágrimas silenciosas pelas faces envelhecidas do frade beneditino. Ele fora esse João Gonçalves que, vendo a noiva desaparecer, crendo-a perdida para sempre, entrara para o Mosteiro do Lorvão. Pediu o monge a Abraham dados sobre essa cativa, para se certificar de que a mãe de Samuel fora a sua amada noiva. E vendo que os dados coincidiam, tomou o rapaz a seu cargo, conseguindo pô-lo ao serviço do Rei de Portugal.

Machado e Zara acabaram por casar, depois de os mouros se terem feito cristãos, e dentro das muralhas da velha Tubuccí reinou, finalmente, a harmonia.

E, segundo reza a lenda, em memória do febril acesso de loucura de Samuel, Tubucci passou a ser chamada Abrantes.

in Frazão, Fernanda. "Lendas Portuguesas", vol. IV, pág. 67-73. Ed. Multilar. Lisboa: 1988

1 comentários quinta-feira, março 01, 2007

É com tristeza que soube, que Bento, o Guarda Redes do meu clube, durante o período da minha infância, faleceu hoje, vitima de enfarte cardíaco.
A família benfiquista fica assim mais pobre com a partida de Bento.
Até sempre, Bento.

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É curioso que até já na Estrela se encontra crude, ou gasóleo de aquecimento, ou lá o que é isso… É exactamente igual ao que se pode encontrar nas nossas praias, proveniente de um qualquer derrame, mas neste caso, o culpado não foi um petroleiro, mas sim um camião cisterna. Ora bem, ao que parece o dito cujo, seguia hoje no sentido Unhais da Serra, Alvoco da Serra, sensivelmente a meio tombou numa daquelas curvas que tão bem conheço. Logo, verteu grande parte da sua carga na berma da estrada, em pleno Parque Natural e seja aquilo crude ou gasóleo de aquecimento é sem dúvida altamente poluente. Cerca das 10:45 quando por lá passei, estavam junto do local uns 5 ou 6 técnicos a dar ordens e 3 ou 4 pessoas de indumentária branca (fato de protecção) a remover o crude à boa maneira portuguesa. Foi pena não ter a máquina fotográfica comigo… Na próxima semana, volto a passar por lá para ver os resultados.